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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pintando o sete


Álvaro Acioli

Não ha nada mais surpreendente, no psiquismo humano, do que a força  mística dos números. Os que primeiro estudaram o inconsciente comentaram exaustivamente que os números se manifestavam em sonhos, como símbolos específicos.
Desde os primórdios da civilização, quando o homem começou a manipular  os números, eles adquiriram um conteúdo simbólico e uma  identidade especial, fora da utilidade para calcular ou ordenar.
A natureza anímica dos números é comum a todas as civilizações.
Entre os egípcios e, posteriormente, na cultura Judaico-cristã,  o Sete adquiriu um conteúdo mágico, não igualado por qualquer outro número.
Sete são os dias da  criação.
Sete os dias da semana.
Sete são as graças.
Sete são os pecados capitais.
Sete são as divisões da prece do Senhor.
Cada sete anos é um sabático.
E  cada  sete vezes sete anos um  jubileu.
As grandes festas judias duravam sete dias.
Balaam possuía sete altares nos quais sacrificava sete carneiros e sete bois.           
Naaman foi condenado a afundar sete vezes, no Jordão.
O Faraó viu em seu sonho sete espigas de milho e sete vacas.
“ Sete anos de pastor serviu Jacob a Labão, pai de Raquel, serrana bela ...”,
Sete sacerdotes, com sete trombetas, marchavam em torno de Jericó uma vez por dia, mas sete vezes, no sétimo dia.
As núpcias de Sansão duraram sete dias, após os quais ele contou a Dalila que estava atado com  sete cordéis ;  sete madeixas foram-lhe então cortadas.
No apocalipse há sete igrejas, sete candelabros, sete estrelas, sete trombetas, sete espíritos diante do trono de Deus, sete pragas, um monstro de sete cabeças, um carneiro de sete olhos, sete ânforas e sete cornucópias.
Sete foi o símbolo colocado em Caim por Jeová.
Se Caim fosse vingado sete vezes, Lamec o seria setenta vezes sete. E Caim viveu setecentos e setenta e sete anos.
Sete planetas eram reconhecidos pelos alquimistas e sete são os céus para os muçulmanos.
Cristo  disse sete palavras na cruz ..
Sete são os nomes hebreus de Deus.
E, na Idade Média, freqüentemente se referiam a Deus pelo nome de “Sete”.
Chamava-se  sete o terceiro filho de Adão e Eva.                 
Sete sãs as majestosas quedas das cataratas do  Iguaçu..
Sete  notas compõem as músicas que encantaram e encantam as gerações, de todos os tempos.