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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cuidadores e cuidados

As intervenções curativas priorizam os problemas físicos e mentais dos enfermos, relegando a segundo plano o exame das dificuldades existenciais associadas. Falta, quase sempre, mais calor humano, no atendimento aos que sofrem. A grande maioria dos modelos terapêuticos permanece dominada por uma atitude tecnicista.

Na realidade a relação tratador-tratado é apenas uma modalidade particular de encontro humano. Num dado cenário e em determinada cirunstância, alguém vive o papel de cuidador diante de um outro que vive a condição do que está sendo cuidado.

Os dois – atores de um mesmo episódio da vida – assumem atitudes e expectativas dependentes de seus grupos sócio-culturais de origem. Também representam, simultaneamente, outros papéis. São, como gente comum, pais, irmãos, amigos, filhos, experimentando problemas de mesma ordem e angústias que se assemelham. Levam, por isso, para os encontros terapêuticos, influências tanto positivas quanto negativas.

Por outro lado, os centros formadores da cultura médica priorizam o uso de recursos tecnológicos avançados, para a realização dos diagnósticos. Embora se saiba que um exame sistematizado e criterioso, mesmo sem a ajuda de instrumentos sofisticados, sempre oferece dados valiosos, sobre o estágio e a gravidade de qualquer enfermidade.

Hoje, quando os mistérios transformaram-se em descobertas, o padecimento humano deve ser abordado, da forma mais abrangente possível. É necessário considerar, sobretudo, o tipo de comunicação que o homem-enfermo estabelece com as estruturas sociais, situadas à sua volta. E, também, a profundidade e a extensão da relação alcançada, entre todos os que estão de alguma forma envolvidos em sua recuperação. Acima de tudo é indispensável que um clima humanizado anteceda qualquer intervenção oncreta, com pretenção terapêutica.

A relação tratador-tratado é apenas uma forma particular de encontro humano. Num dado cenário e em determinada cirunstância, alguém vive o papel de cuidador diante de um outro que vive a condição do cuidado.

Os dois – atores de um mesmo episódio da vida – assumem atitudes e expectativas, dependentes de seus grupos sócio-culturais de origem. Também representam, simultaneamente, outros papéis. São, como gente comum, pais, irmãos, amigos, filhos, experimentando problemas de mesma ordem e angústias que se assemelham. Levam, por isso, para os encontros terapêuticos, influências tanto positivas quanto negativas.

Infelizmente a formação de uma atmosfera mais benéfica está sendo também prejudicada pela intensa vulgarização de descobertas científicas, que visam a promoção do mórbido e do sensacional. Para agravar, as campanhas preventivas veiculadas pela mídia estão infundindo muito mais temores do que esclarecimentos.

Uma grande quantidade de “avanços científicos” é lançada diariamente ao consumo dos que não podem exercer uma crítica competente ou adequada, sobre o recebem. Essa falsa capacitação , estimulada pela vulgarização científica dificulta, mais ainda, o exame das situações novas ou desconhecidas. E agrava o medo continuado em que vive a grande maioria. E a multiplicação dos veículos de comunicação, que atuam nesse novo filão promocional agrava, ainda mais, essa situação já delicada.