Michel Serres propõe uma filosofia geral das relações, enquanto Gilles Deleuze elogia uma geografia das relações, que ele acredita encontrar no solo do empirismo de Hume. Nos dois casos, trata-se de um privilégio das conjunções ou preposições em detrimento dos substantivos e verbos. Substitui-se o É pelo E, os termos tomados isoladamente pelo seu intervalo, os pontos pelo caminho do meio, pelo percurso. Neste estranho mundo, entram em cena personagens conceituais que fazem passar multiplicidades: colchas de retalhos, mantos de arlequins, feitos de vazios cheios, blocos e rupturas, atrações e distrações, velocidades máximas em repouso, nomadismos sem sair do lugar, nuances e movimentos bruscos, alternâncias e entrelaçamentos, um enxame de anjos desordeiros e o Deus Hermes, transportanto, operando múltiplas conexões, enviando mensagens, traçando e mudando vias.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Por uma filosofia relacional - Ana Christina Vieira
 
 
