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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O peso das ilusões

O inglês John Gray, professor de pensamento europeu na London School of Economics, de 57 anos, é homem de frases curtas e categóricas, como "o conhecimento não nos torna livres" ou "nenhum projeto político pode salvar a humanidade de sua condição natural". Com afirmações como essas, ele declara, em seu mais recente livro, Cachorros de Palha (Editora Record), seu ceticismo com relação à tradição cultural do Ocidente. Gray acusa o humanismo secular moderno, que embebe a filosofia, a política e a ciência, de herdar do cristianismo a idéia – ilusória, segundo ele – de que o homem tem papel central no universo. Para o autor, ao contrário, o Homo sapiens não é mais do que uma espécie cuja passagem pelo planeta é efêmera e cujo destino é selado pelas mesmas leis naturais que regem as demais formas de vida. Pessimismo? Segundo Gray, a mensagem do livro não é de desespero, mas de libertação. Ele quer livrar o homem das ilusões que o fazem se sentir responsável por "carregar a Terra sobre os ombros". Até porque não adiantaria nada.
Íntegra do texto em:
http://veja.abril.com.br/231105/entrevista.html